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- A Confusão na Ética 

Tempos atuais de CPMI’s, Mensalão, Corrupção e desvios de conduta, a palavra ética é pronunciada, escrita e divulgada em todos os cantos do País.

Há, entretanto, uma confusão generalizada sobre o que é ética, moral e dilemas éticos.

Ética vem do grego “ethos” que quer dizer, costume, hábito, consciência, modo de ser e caráter. Ética é o estudo do comportamento moral dos seres humanos em sociedade. A ética vai além do que parece, investiga o que é. Procura razões pessoais para ”o modo de ser“ dos indivíduos frente aos seus valores e a moral dos grupos sociais aos quais pertencemos.

Uma explicação interessante e simples sobre ética foi deixada por Eric From: “Na arte de viver o homem é ao mesmo tempo, o artista e o objeto da sua arte, o mármore e o escultor, o medico e o paciente. Este saber viver, se você preferir, é o que se chama de ética”.

Já a moral nada mais é do que um conjunto de valores que são aceitos como adequados, como regra, por um grupo social. Valores como honestidade, integridade, dignidade, humildade etc, fazem parte da grande maioria da moral dos vários grupos sociais, desrespeita-los não significa ferir a ética, mas sim ferir a moral.

Um exemplo dado por Fernando Savater (filosofo Espanhol Contemporâneo) é eficaz: Imagine você no final do século 19, um rapaz com seus 18 anos, observando as moças entrarem ou saírem das charretes. Naquela época vestidos que iam até o chão; conseguir ver o tornozelo de uma moça era algo proibido e contra a moral e os bons costumes. A moça que deixava ver seu tornozelo desrespeitava um valor – pudor – que fazia parte da moral à época. Não estava sendo antiética, mas imoral. Imagine hoje... Os valores mudam, se esvaem, desaparecem, são substituídos por outros. A ética enquanto caráter sempre continua.

A moral é um conjunto de valores e segundo Lichtenberg pode ser dividida em quatro princípios:
- O FILOSÓFICO: Faça o bem pelo próprio bem, por respeito à lei.
- O RELIGIOSO: Faça-o porquê é a vontade de DEUS, por amor a DEUS.
- O HUMANO: Faça-o porquê seu bem estar o requer, por amor próprio.
- O POLÍTICO: Faça-o porquê o requer a sociedade da qual você faz parte, por amor à sociedade e por consideração a você.

E os dilemas éticos? Estes são extremamente saudáveis. Ter um dilema significa perguntar e verificar se estamos sendo éticos ou não, segundo um ou todos princípios da moral da sociedade. Eis algumas perguntas que podem ajudar:
- O que eu faço contribui para quê?
- As minhas ações estão sintonizadas com o meu discurso?
- As minhas atitudes podem servir de modelo?
- O que eu faço em relação ao meu grupo de convívio, é como eu gostaria com que todos os membros do grupo agissem para comigo?
- Tenho preservado a dignidade diante dos fatores econômicos, qualidade, produtividade e integridade física, mental e espiritual?

É bom lembrar que segundo ainda Fernando Savater, “Toda Lei escrita não é mais do que uma abreviatura, uma simplificação, freqüentemente imperfeita, do que seu semelhante pode esperar concretamente de você, não do Estado ou de seus Juízes”.

Use e abuse dos dilemas éticos na sua empresa.

Armando Ribeiro



 

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