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A Arte de Falar em Público |
Tempos
atrás um famoso cantor lírico norte americano,
depois de muito sucesso em seu país resolveu se apresentar
no Scala de Milão, o templo da música erudita.
Escolheu repertório que permitiria mostrar o melhor
de sua voz de tenor, realizou uma campanha publicitária
digna dos grandes e convidou os maiores críticos.
Dia da estréia, casa cheia. Ele escolhe como primeira
peça uma música popular italiana - O Sole
e Mio – ao final o público de pé pede
bis. Empolgado canta novamente e mesmo antes do final a
platéia pede BIS! , BIS!. Ele olha para o maestro
e com um leve sinal de cabeça canta novamente. Mais
uma vez ele ouve ao final a platéia pedindo BIS,
BIS. Intrigado ele pergunta a uma senhora da platéia
– Até quando querem que eu cante a mesma música?.
Ao que ela educadamente responde – Até cantar
direito, meu filho.
Comparando
com uma apresentação ao público podemos
tirar algumas conclusões interessantes sobre essa
história. Primeiro o público está lá
para que o apresentador faça o melhor. A platéia
torce para o seu melhor desempenho. A maioria das pessoas
que se propõe a ouvir quer o sucesso do apresentador.
Cai por terra a idéia que as pessoas estão
lá para ver a sua queda. Não motivos para
temer a sua platéia. É preciso apenas respeitá-la.
Uma outra constatação trata-se da comunicação
que existe entre o apresentador e a platéia. A maior
parte dessa comunicação é não
verbal. Em outras palavras, sua voz tem menos importância
na comunicação do que o corpo, os olhos, as
mãos o rosto etc. É um conjunto que tem que
estar harmônico.
Finalmente,
a senhora da história manda um recado muito importante
para os apresentadores, é preciso treino, pratica,
muita prática para se tornar um bom apresentador.
Além disso é importante saber quem é
seu público, as características, os desejos,
as necessidades.
Armando
Ribeiro
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