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- Aí vem o Consultor... 

Falar em consultor interno ou externo tem uma dimensão muito mais ampla do que possamos imaginar.

Se recorrermos ao dicionário Aurélio, vamos encontrar: Consultor
1) aquele que dá ou pede conselhos;
2) aquele que consulta, examinando;
3) aquele que dá pareceres acerca de assuntos de sua especialidade

É interessante notar que na definição da palavra consultor, embora tenha uma área de especialidade, na qual ele precisa ter o domínio completo, não existe a conotação de impor o seu saber. Não tem, igualmente, a conotação de sujeitar-se, embora o consultor esteja, indiscutivelmente, a serviço do cliente.

Pede e dá. Consulta e examina. Sugere dois lados: o do cliente e o do consultor a serem considerados. Ambos têm um saber e uma contribuição única a dar. Este é o papel do consultor. Dá e pede conselhos. Examina, antes de recomendar. Procura influenciar fundamentado em sua especialidade técnica. Está atento aos processos da realidade pessoal do cliente, da organização e do cenário em que a organização atua.

É um processo dinâmico, mutável. Não é um processo permanente. Se assim fosse estaria criando um processo de dependência, dificultando o aprendizado de ambos – cliente e consultor. Desrespeitando o processo de mudança que tanto um como outro necessitam acompanhar, entender e avaliar. Aliás, fatores como velocidade, agilidade, informação, abertura à revisão, criatividade e coragem são esperados das atuais organizações e das pessoas.

O consultor, que acredita-se para os novos tempos, tem como objetivo ajudar o cliente a construir uma mudança significativa para ele e que lhe permita agir com mais êxito, enquanto pessoa e enquanto profissional. Esse tipo de mudança implica novas aprendizagens. O cliente deve tirar da experiência com o consultor informações úteis.

O consultor precisa estar discutindo e criando condições para que ele e cada pessoa que estará atuando no processo de consultoria:
• veja o trabalho como parte importante do processo pessoal de desenvolvimento, aprendendo e desaprendendo continuamente;
• reconheça seus pontos fortes e limites, o que faz bem e o que não faz tão bem, capacitando-se para assumir riscos, aceitar erros e aprender com eles;
• trabalhe em função de um futuro desejado buscando resultados pessoais e profissionais;
• reconheça sua singularidade, seu poder pessoal de influenciar nas decisões e nas relações interpessoais;
• seja capaz de identificar problemas, compreender suas causas, analisar e escolher soluções possíveis, articular pessoas e recursos, baseando-se em dados e fatos (objetivos e subjetivos);
• seja capaz de trabalhar em parceria, de oferecer apoio, de pedir e dar ajuda;
• reconheça que as suas habilidades técnicas serão melhor aproveitadas se estiverem apoiadas na suas capacidades de compreender as pessoas; e
• seja capaz de ter foco total no cliente, buscando a excelência do atendimento técnico e a qualidade do relacionamento pessoal.

Essas habilidades devem compor hoje o processo de desenvolvimento das pessoas e são suporte para qualquer outra habilidade técnica específica.

Cria-se a partir dessas premissas um processo de interdependência, onde cada um aprende e desaprende constantemente, onde impera o desenvolvimento e os resultados são valorizados.

Um conceito utilizado por Peter Block parece ser o mais adequado às condições e atribuições do novo consultor: “Consultor é aquele que tem a capacidade de influenciar uma pessoa, um grupo, ou uma organização, utilizando-se de um saber técnico específico, de estratégias de ação e de habilidades interpessoais autênticas, construindo relações de parceria com seus clientes”.

No processo de consultoria são necessários a implementação e desenvolvimento de situações que favoreceram o aprendizado do cliente de uma forma prática e objetiva. Grande parte do tempo gasto nesse processo situa-se em torno de mostrar o “como fazer”, “o como diagnosticar” e o “como avaliar as ações”.

Algumas dicas que podem ser importantes num processo de consultoria:
- assegurar participação plena do cliente em todo o processo,
- usar um modelo de intervenção e diagnóstico que não limita as ações nem do cliente, nem do consultor,
- identificar a causa real do problema que o cliente está enfrentando,
- assegurar ao consultor o melhor aproveitamento do seu conhecimento técnico,
- buscar o equilíbrio entre o conhecimento técnico especializado e o relacionamento pessoal,
- contribuir para que o cliente aprenda a fazer o diagnóstico em situações semelhantes, sem ajuda,
- garantir a confidencialidade das situações quando forem exigidas

A relação do cliente e o consultor quando estão alicerçadas nessas condições acima, tendem a ter resultados práticos para ambos os lados e a suposta permanência do consultor por períodos longos de tempo, quando necessária, não implica em dependência nem de um nem de outro, e torna-se saudável.

Inegavelmente há muito o que fazer para que essa relação seja harmoniosa antes, durante e depois de um processo de consultoria. Da parte do cliente alguns pré- conceitos precisam ser eliminados, não há dúvida, mas espera-se muito mais da parte do consultor.

O cliente na sua imersão de problemas tem, muitas vezes, pouca visão do processo e prefere até por uma defesa ignorar a necessidade de ajuda, sonegar informações, por medo, atenuar a gravidade da situação. O consultor por seu lado tendo a capacidade de realizar uma leitura ampliada do cenário pode e deve melhorar sua comunicação, sua assertividade, sua forma de coletar informações, respeitar sentimentos e emoções e, ter o foco total no cliente. Alicerçando suas ações num autêntico processo de relacionamento pessoal antes de profissional. Mostrando de forma adequada as vantagens e oportunidades. Buscando a verdadeira parceria que envolve riscos, desafios e resultados.

Texto extraído do Curso de Pós – Graduação – Formação de Consultores Organizacionais.

Armando Ribeiro



 

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