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- UMA LANTERNA PARA O FUTURO

Nos últimos anos tenho participado de várias comunidades e grupos de discussão. Passei rapidamente de um quase ignorante da informática, para um ativo participante de grupos do Yahoo, Orkut, Syxt, Gazzag e outros. Hoje estou seriamente preocupado de poder participar de todos como gostaria. Resolvi então seleciona-los e para isso comprei uma lanterna para ver o futuro.

A partir de uma mensagem que recebi de um jovem estudante universitário de uma comunidade, iniciei esta minha seleção pelos critérios de tolerância, preconceito, agressividade, educação e os “donos da verdade”. Minha lanterna está agora sempre apontada para a troca saudável de aprendizado. Invento e crio novas maneiras de aprender e faço mais perguntas do que dou respostas.

Observem a seguinte mensagem do jovem que mencionei acima:

“Esse fulano acho que nem em casa ninguém deve aturar, porisso nem emprego dão mais a pessoas acima dos 50, nesse país. Por causa dessa intolerância. Deve ser por falta de vitaminas e metais essenciais. Melhor ignorar os comentários sem valor dele e que nada acrescentam. O sicrano tem certas manias, mas é muito boa pessoa. Abraços indignados. Beltrano”.

Se você tem mais de cinqüenta deve ter ficado no mínimo indignado. Eu fiquei.

Sem entrar no mérito da discussão. O jovem universitário abordou um dos temas que mais incomoda neste nosso país que é a vida profissional acima dos 50 anos de idade cronológica.

É fato que profissionais com mais de 50 anos, tem dificuldade de achar uma colocação no mercado de trabalho, justamente por essas razões, agressivas, preconceituosas e extremamente desprovidas de fundamento que ele colocou e parece, ao que tudo indica, concordar. Temo que muitos mais pensem assim.

É fato que uma pessoa com mais de 50 anos precisa de mais vitaminas e metais essenciais, entretanto nada tem a ver com o que ele chamou de intolerância. Nem de menos ou mais inteligência.

Se ainda viva, Cora Coralina, teria encantado esse jovem. Poty (artista paranaense), criou suas principais obras após os 65 anos.

Mas se formos pensar bem e analisar com calma vamos observar que são inúmeros os exemplos de grandes idéias, avanços tecnológicos, grandes conquistas em todas as áreas do conhecimento humano foram idealizadas por homens e mulheres com mais de 50 anos.

Mas aqui o que pouco interessa deve ser a idade cronológica. Até por que intolerância, educação, preconceito e agressividade não tem idade.

Falo apenas por mim. Não sou porta voz dos "cinqüentenários". Apenas acredito que tenho muito para contribuir, quer seja num emprego formal, quer seja como consultor transmitindo o que aprendi e aprender com jovens como ele, com pessoas que têm mais de 50 e até mais de 90. Não há limite para essas trocas.

Aprendi que tenho mais perguntas do que respostas. Algumas delas, que servem para qualquer um de nós e, se preferir, chame-as de luz da lanterna do futuro:

O que você ganhou ao atacar um colega do grupo, da empresa, da comunidade?
Ao revidar aquilo que você considerou injusto e descabido o que aprendeu de novo?
Se pudesse fazer novas perguntas para um resultado melhor qual seria a primeira que você faria?
Como é meu tratamento para com outras pessoas?
Será que isto também não é preconceito?
Será que estou sendo o dono da verdade?
Minhas palavras levam a que?

Uma reflexão séria para você que tem menos do que cinqüenta:

Lembre-se que a não ser que morra até os 49 anos há uma enorme probabilidade que também alcance essa idade. Portanto algo deve ser feito agora, não só por você, por mim, por cada um dos que estarão no nosso lugar daqui há 20, 30 ou 40 anos, para que o preconceito, que o jovem tão bem expressou, não o alcance também.

Compre também essa lanterna para o futuro. Coloque outras luzes ao fazer novas perguntas. Veja como será o futuro. É com nossa participação que o construímos.

Armando Ribeiro


 

Email: armando@pensareweb.com.br
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