Quem Somos Eventos de Sucesso Consultorias Gestão de Negócios Fale Conosco
Artigos Agenda
Home




- Nada Será Como Antes

Não vejo outra maneira de começar um texto que fale sobre o que teremos que enfrentar pela frente na economia mundial. Igualmente, percebo que é que dessa forma que poderíamos responder às inúmeras questões sobre o desenvolvimento global.

A globalização com seus inúmeros benefícios e mazelas veio para ficar. Não se poderá mudar muita coisa a partir deste sistema em que o simples fato de ocorrer alguma instabilidade política na Indonésia, influenciará na queda das exportações brasileiras para aquela região do planeta; conseqüentemente haverá aumento da taxa do dólar, queda das Bolsas de Valores e das ações daquelas empresas envolvidas.

A grande pergunta que o leitor pode estar fazendo é: Será sempre assim? Minha resposta é simples. Ninguém pode ou poderá responder com absoluta certeza. Não há economista ou especialista que tenha hoje a capacidade de chegar próximo da resposta certa. Em outras palavras: é e será puro “chutômetro” ou se quiserem um exercício de adivinhação.

Dentro dos parâmetros do Monetarismo ou do sistema Keynesiano, ou ainda pelo apregoado pela social democracia, as respostas que vamos obter serão essas que estamos ouvindo todo o dia. Um economista famoso pela sua participação na TV e Rádio, quando interrogado pelo apresentador de um noticiário, disse: Eu tenho duas notícias para vocês. Uma é muito ruim e a outra é pior ainda. Fale para nós primeiro a ruim, disse-lhe o apresentador. O economista começou dizendo que se o dólar continuasse subindo, todos iríamos morrer de fome. Pior ainda é que nem poderíamos ser enterrados, pois o preço do caixão é cotado em dólar. Terminou o jornalista econômico.

A situação da Argentina e da Guerra dos EUA influenciarão a economia do nosso País? Sim e não, talvez, quem sabe? Como? Ninguém sabe!

A forma como estamos atrelados, presos e acorrentados aos ativos financeiros especulativos não deixam dúvidas, afirmam os especialistas. Recentemente, no entanto, ouvi de um deles uma frase que me intrigou – Eu tenho certeza que teremos problemas, mas fico na esperança que nada aconteça, ficarei surpreso se nada acontecer!

A única certeza que podemos ter é a de que o Brasil encontra-se na melhor das oportunidades para realizar algumas alterações na sua forma de se relacionar com o mundo globalizado. Precisa encontrar e ocupar os espaços deixados pelos EUA, no turismo e em algumas áreas de siderurgia e de produtos eletro-eletrônicos. Sem falar no aumento das exportações agrícolas. Precisa, também, libertar-se do capital financeiro especulativo. Nenhum país do mundo desenvolve-se nessa condição.

No turismo temos excelentes chances de ocupar um terreno até então ocupado pela organização e eficiência dos americanos. Não há dúvida que temos lugares muito mais belos. Por exemplo: não há termo de comparação entre Niagara Falls e as Cataratas do Iguaçu, ganhamos de longe. Nossas praias têm muitas belezas naturais, mas pouca infra-estrutura e um atendimento ao turista deficiente.

Nosso mercado interno é fantástico, quanto a isso não vou ficar repetindo o que muitos especialistas vêm propagando. Cito o Prof. Luiz de Almeida Marins como referência. Nossa oportunidade de exportar para os países da Europa Ocidental e Ásia cresceu assustadoramente. Fico triste que seja pelas conseqüências de uma tragédia ocorrida em NY, o fatídico 11 de setembro, com o atentado terrorista ao World Trade Center.

A guerra que os americanos estão travando contra o terrorismo aponta para uma longa duração. Será? Caso ele termine logo, como ficará a influência americana no mundo? Alguns especialistas atrevem-se a afirmar que os EUA terão que mudar radicalmente suas relações com o mundo, principalmente com os países pobres. Estaremos nessa mudança de relações? Seremos considerados aliados, parceiros ou adversários?

Internamente a Globalização trouxe para o Brasil muitas evidências de que se não tomarmos cuidado, como escreveu Eduardo Giannetti da Fonseca em seu livro “Vícios Públicos, Benefícios Privados”: Teremos apenas duas classes no Brasil – a dos que não comem e a dos que não dormem. Os que não dormem por medo dos que não comem. Ninguém no mundo fará algo para que o Brasil resolva seus problemas internos. Nós mesmos teremos que realizar nossas mudanças estruturais.

Está na hora de começarmos melhorar nossa atenção para a Educação, Saúde, Habitação. Mas, não esperem que o governo faça isso por decreto. Ele não fará!

A grande mudança que precisa acontecer está na forma com que nos relacionamos com as pessoas. Na maneira como trabalhamos. Como produzimos. Como estamos vivendo nosso presente. Como dividimos nossas rendas. Como estamos nos preparando para o futuro. A chave da transformação está na possibilidade de mudarmos nossa capacidade de gerenciarmos nossas vidas, sermos os gestores do nosso desenvolvimento pessoal.

Na minha área de trabalho, minha contribuição é ensinar para as pessoas ferramentas e estratégias que permitam que cada uma aprenda a se relacionar muito bem consigo mesma, assim poderá desenvolver a sua capacidade de se relacionar melhor com as outras, trabalhar em equipe e buscar a união.

Por alguns instantes pense no que está escrito abaixo:

Veja e reflita! Construa mentalmente um edifício onde começamos pelo alicerce do entendimento das nossas competências básicas e fundamentais Valores tais como honestidade, perseverança, humildade, fraternidade, amizade, ética, entre outros são as bases desse edifício individual.

Ouça e reflita! Ao levantarmos cada parede e cada andar desse nosso edifício que tipo de material estamos colocando? De primeira ou de segunda? De primeira são a nossa capacidade de respeitar e confiar, de ajudar e cooperar, de atender assim como gostaríamos de sermos atendidos. União. A cada andar que subimos temos que pensar grande. Não estamos construindo apenas um edifício, mas uma cidade inteira.

Sinta e reflita! No teto, na cobertura desse majestoso palácio, que tipo de proteção estamos colocando?. Sujeita a vazamentos e goteiras? Preparamos nossos líderes, desde início das suas atividades sociais? Damos aos nossos filhos a capacidade de serem criativos e determinados?. Damos à população de forma geral, capacidade de educação, de moradia decente, de saúde, de prevenção? Somos capazes de agüentar as pressões da desonestidade, da ética de ocasião?. E isto não é tarefa apenas do Governo. É missão de cada organização e pessoa que vive neste País.

Nada será como antes! Mas se soubermos gerenciar nossas mudanças pessoais, aprenderemos a suportar os tempos de incerteza que poderão vir. Não há como se esconder, não temos como nos prevenir, não haverá saída para os medrosos.

As oportunidades estarão batendo todo dia à nossa porta, com elas virão os riscos e as incertezas, com elas virão os novos resultados. Talvez não nos transformem no País mais rico do mundo, mas temos uma condição favorável de sermos um país mais justo e mais humano. O exemplo estará em cada um.

Nada será como antes. Ainda bem!

Armando Ribeiro



 

Email: armando@pensareweb.com.br
Tel: (41) 3026-4616 - (41) 9996-8007