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- O Tronco Torto

Contaram-me numa das minhas viagens a história de Zé do Jardim.

Homem simples, mas que adorava e cuidava com extremo carinho e dedicação do jardim de sua casa. Todo o final de tarde, sentava-se numa poltrona abria a janela que dava para seu jardim e ficava admirando a beleza de cada planta e da imensa árvore que ficava bem no centro, que cuja principal característica era possuir um tronco torto.

Certo dia após uma tempestade Zé, como muita tristeza, observou que seu jardim estava destruído. A grande árvore tinha sido atingida por um raio e seu tronco torto era a única coisa que restava. Com muita dedicação Zé cortou o tronco deixando a uns dois metros de altura e reconstruiu todo o jardim.

Certa tarde, como era de seu costume abriu a janela da sala para ficar admirando o jardim, quando viu um gato que olhava para o topo do tronco. Lá encima estava um enorme sabiá.

Quando o gato ameaçava subir o tronco o sabiá voava para longe. Voltava após alguns minutos. O gato parecia frustrado, pois não conseguia chegar a tempo de pegar o sabiá. Todo final de tarde, durante alguns meses, a cena se repetia. Zé do Jardim sentava-se na poltrona abria a janela e podia observar o sabiá, o tronco e o gato.

Sempre se lamentava de não ter uma máquina fotográfica para registrar a cena. Lamentava-se todos os dias com sua esposa durante o jantar, ao que ouvia: - Zé, amanhã compre uma máquina e fotografe.

Meses se passaram até que um determinado dia o sabiá não apareceu. Zé abriu a janela, olhou para o jardim, estava lá o gato a esperar pelo sabiá que não mais apareceu.

No dia seguinte do sumiço do sabiá Zé comprou a máquina fotográfica e contam que há anos fica sentado na sala no mesmo horário esperando o sabiá chegar para registrar a cena. Até o gato desistiu após algum tempo. Zé do Jardim continua com máquina ao lado da poltrona e todo jantar lamenta com a esposa a cena que perdeu: ganharia um prêmio com aquela foto linda que iria tirar.

Assim como na história muitas vezes adotamos o comportamento do Zé que espera pacientemente a cena mágica, a oportunidade que nunca mais aparecerá.

Outras vezes, somos como o gato que não consegue arrumar uma estratégia para fazer do pássaro sua refeição. Mas com o passar do tempo vai para outras tentativas e novas oportunidades.

Raras são às vezes que adotamos a estratégia do pássaro. Escolher onde pousar, criar uma imagem magnífica, mesmo se for um tronco torto e após esgotar todas as oportunidades, atento às armadilhas do belo vai cantar em outras paragens.

E você que atitude tem tomado ultimamente, a do Zé pacientemente a esperar por algo que não mais acontecerá. Lamentando-se da oportunidade perdida?

A estratégia do gato, que embora não tenha realizado seu sonho por faltar-lhe habilidades adequadas, percebe que tem que mudar para outro desafio?

A do sabiá que percebe bem onde está pisando, comemora, canta por alcançar o topo. Depois de usa-lo percebe que está na hora de cantar mais alto e em outro lugar?

Não vale dizer que é o cachorro da história que espanta o gato. Desta vez não tem cachorro, apenas um tronco torto, um sujeito chamado Zé do Jardim, um gato e um sabiá.

Escolha e reflita. Muitas vezes a oportunidade de montar e registrar um belo cenário de vida passa rápido e precisamos estar atentos. Lamentos não ganham troféus, não fazem vencedores.

Procure aprimorar suas habilidades e estratégias.

Cante, comemore, dance. Perceba que nada é eterno, procure um novo desafio, transforme outro sonho em realidade.

Armando Ribeiro



 

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